Questões Frequentes dos Consumidores/Clientes

  • Qual é a legislação que regula a qualidade da água para consumo humano?

A legislação relativa à qualidade da água é o Decreto-Lei n.º 306/07 de 27 de Agosto, alterado pelo Decreto-Lei nº 152/2017 de 7 de dezembro. 

 

  • Onde consultar os resultados das análises sobre a qualidade da água?

Os resultados das análises laboratoriais realizadas pela Taviraverde, no cumprimento da legislação em vigor, são divulgados trimestralmente sob a forma de edital, no site e redes sociais da Taviraverde. Pode ainda ser encontrado fisicamente, na Loja da Taviraverde, Câmara Municipal, Juntas de Freguesia e Centro de Saúde de Tavira.

 

  • Que fatores podem influenciar as características da água?

A idade e o estado de conservação das canalizações e hidropressores do prédio (caso existam) podem alterar as características da água, concretamente, o sabor, o cheiro e a cor. A temperatura da água também pode influenciar o seu sabor. Quando a água está fresca é mais agradável ao paladar.

 

  • Porque é que por vezes a água da torneira está branca?

A cor branca deve-se à existência de ar dissolvido na água e é normalmente provocada pela entrada de ar nas tubagens (na sequência de intervenções, em alguns troços terminais de rede, em prédios elevados com menos pressão, …).

O que importa salientar é que a água continua perfeitamente adequada para consumo humano, podendo continuar a utilizá-la sem qualquer problema. Pode deixar repousar a água num copo por alguns minutos, que a água volta à sua aparência normal. Essas situações são sempre passageiras.

 

  • Porque é que por vezes a água cheira a cloro?

O cloro é um desinfetante utilizado no tratamento da água para garantir a qualidade microbiológica da mesma ao longo de todo o seu percurso, desde as Estações de Tratamento, passando pela Rede de Distribuição até às torneiras dos Clientes (usualmente aplicado entre 0,2 a 1,0 mg/L).

Ocasionalmente, o cheiro e o sabor do cloro podem ser sentidos, aconselhando-se nestes casos a deixar repousar a água por alguns minutos até que desapareça o cheiro e o sabor.

 

  • O que significa a dureza da água?

A dureza na água para consumo humano é causada essencialmente pela presença de sais de cálcio e magnésio, sendo considerada “dura” quando existem valores significativos destes sais e “macia” quando contém pequenas quantidades.

Os níveis de dureza da água na generalidade das ZA do concelho apresentam um valor médio de 100 mg/L, ou seja, são águas macias - médias. Apenas nas ZA com água exclusivamente de furos, é que temos valores médios de dureza de 300-400 mg/L, sendo estas consideradas águas duras. Em qualquer dos casos, não há nenhum risco para a saúde do consumidor.

 

  • O que é o pH da água?

O valor do pH (potencial hidrogeniónico) traduz a acidez ou a alcalinidade da água. A escala do pH compreende valores entre 0 e 14, sendo que um pH igual a 7,0 indica uma solução neutra.

O pH da água da Taviraverde cumpre os valores estipulados pela legislação em vigor.

 

  • Porque é que por vezes se ouvem ruídos na canalização e a água sai aos “jorros”?

Após falta de água na rede ou ausência prolongada do local, podem ocorrer ruídos na canalização e ao abrir a torneira a água pode sair aos “jorros”, sendo provocados pela existência de ar nas canalizações. Aconselhamos a deixar correr a água durante alguns minutos, até o ar desaparecer.

 

  • Será preciso instalar um equipamento de tratamento da água na torneira da minha casa para melhorar a qualidade da água da rede pública? 

Não. A água da torneira é uma água natural devidamente tratada e destinada ao consumo humano, sendo mineralizada e equilibrada e contendo sais dissolvidos em quantidades que são essenciais à saúde.
O padrão de qualidade da água destinada ao consumo humano define-se por um conjunto de características (parâmetros e respetivos valores paramétricos) fixadas na legislação nacional e europeia com base nas orientações da Organização Mundial de Saúde, nos conhecimentos científicos e no princípio da precaução, podendo esta água ser consumida com segurança.

A água da rede pública é sujeita a um exigente e rigoroso controlo da qualidade definido na legislação, ao qual todas as entidades gestoras de abastecimento público de água atendem.

Em Portugal, a conformidade legal da qualidade da água na torneira dos consumidores é verificada regularmente, pela entidade gestora, de acordo com um Programa de Controlo de Qualidade (PCQA) aprovado anualmente pela entidade reguladora (ERSAR). Nestes PCQA são definidos o número de análises a realizar ao longo do ano seguinte a cerca de 50 parâmetros relativos às características organoléticas (cheiro, sabor, cor e turvação), químicas e biológicas da água, atendendo aos valores-limite especificados na legislação. Estas análises são realizadas por laboratórios acreditados em pontos representativos das zonas de abastecimento, totalizando mais de 600.000 por ano em todo o País.

A implementação do PCQA aprovado, bem como o controlo suplementar que as entidades gestoras realizam no sistema de tratamento e ao longo da rede de distribuição da água, são sujeitos a ações de fiscalização por parte da ERSAR.

A avaliação dos resultados obtidos na implementação do PCQA aprovado, que permitem avaliar o grau de cumprimento das normas de qualidade de água para consumo humano, são divulgados ao público tanto pelas entidades gestoras como pela ERSAR.

Para conhecer a qualidade da água que abastece a sua zona pode consultar a publicitação trimestral efetuada obrigatoriamente pelas entidades gestoras (através de editais, boletins, imprensa regional ou no seu sítio da internet), ou consultar os dados comunicados anualmente no sítio de internet da ERSAR através da publicação do volume 4 do Relatório Anual do Sector de Águas e Resíduos em Portugal (RASARP) e da aplicação interativa “Qualidade da água para consumo humano”.

Recomenda-se que, em caso de dúvida, e antes de se decidirem pela aquisição de um equipamento doméstico para o tratamento da água, os consumidores afiram, junto das suas entidades gestoras dos serviços públicos de abastecimento de água ou junto da ERSAR, a qualidade da água que têm disponível na torneira. É naturalmente um desperdício de recursos financeiros, técnicos e até ambientais tratar uma água que não necessita desse tratamento.

(fonte: www.ersar.pt)

 

  • As condutas em fibrocimento com amianto instaladas nas redes de distribuição de água significam um risco para a saúde humana?

As condutas em fibrocimento com amianto já instaladas nas redes de distribuição não representam um risco para a saúde humana, não havendo necessidade de promover a sua substituição apenas por conterem amianto na sua composição. Para as condutas em fibrocimento, tal como para a maioria dos outros materiais, a entidade gestora deve garantir as condições adequadas à sua utilização, manutenção e limpeza, por forma a prevenir roturas, eventual contaminação da água.

Sabe-se que o fibrocimento foi bastante utilizado em Portugal nas redes de abastecimento de água para consumo humano e também nas redes de saneamento de águas residuais durante várias décadas, à semelhança do que aconteceu noutros países, o que hoje já não acontece.

A proibição do fabrico e comercialização de materiais com amianto, tais como o fibrocimento, é uma medida de salvaguarda da saúde dos trabalhadores com risco de inalação de amianto nos locais de trabalho.

De acordo com as Guidelines da Organização Mundial de Saúde, apesar do amianto ser considerado um conhecido carcinogénico quando inalado, não foi estabelecido um valor guia para o amianto na água destinada ao consumo humano porque não existem estudos epidemiológicos que fundamentem a existência de risco para a saúde humana associado à ingestão do amianto pela via hídrica.

Note-se que esse assunto foi intensamente estudado em diversos países, tendo os diversos relatórios produzidos sido concordantes no facto de o risco da utilização do fibrocimento, por incorporar fibras de amianto, estar associado à "inalação" das respetivas fibras e não à sua "ingestão". Significa isso que a utilização de fibrocimento em condutas que transportam água que é "ingerida" pelos consumidores não coloca problemas de saúde pública. É contudo necessário que sejam assegurados cuidados adequados de proteção para os trabalhadores que realizam operações de corte das tubagens durante a sua instalação ou reparação, para evitar que "inalem" inadvertidamente as fibras libertadas durante essas operações.

(fonte: www.ersar.pt)

 

  • Redes Prediais

A conservação e manutenção da rede predial é da responsabilidade dos respetivos proprietários. Parte dos incumprimentos ocorridos no controlo da qualidade da água efetuado a nível nacional, relativos a sabor, cheiro, cor, concentração de ferro ou contaminação microbiológica, devem-se à deficiente manutenção e limpeza das redes prediais ou aos materiais utilizados, que podem ser inadequados para estar em contacto com a água destinada ao consumo humano. (fonte: www.ersar.pt)

 

  • Conservação e manutenção de reservatórios prediais

A estagnação da água em reservatórios prediais, independentemente da origem (rede pública ou captação particular), é suscetível de deteriorar a qualidade da mesma, fomentando o crescimento de microrganismos e induzindo o aparecimento de gosto e cheiro na água.

É importante a proteção destes reservatórios e a sua limpeza pelo menos uma vez por ano. (fonte: www.ersar.pt)

 

  • O que é a Legionella?

A Doença dos Legionários é uma pneumonia causada por bactérias do género Legionella, vigiada em Portugal pelo Programa de Vigilância Epidemiológica Integrada da Doença dos Legionários (VigLab - D. Legionários) que associa a componente clínica, a laboratorial e a epidemiológica.

As bactérias causadoras desta infeção são microrganismos que habitam na água doce, podendo existir em reservatórios naturais, como lagos e rios, ou reservatórios artificiais como sistemas de água doméstica, quente e fria, humidificadores e torres de arrefecimento de sistemas de condicionamento de ar, piscinas, jacuzzis, instalações termais e outras, isto é, locais onde com facilidade se libertam aerossóis. Tornam-se um risco para a saúde, quando a temperatura e a presença de biofilmes e protozoários nesses ambientes favorecem a sua multiplicação rápida.

O controlo e prevenção desta doença fazem-se pelo diagnóstico precoce em casos suspeitos e pelo tratamento (descontaminação) da fonte de infeção provavelmente associada, que se baseia na limpeza, desinfeção e manutenção das instalações e equipamentos contaminados.

Para reduzir e controlar o risco de exposição a Legionella a partir da rede predial dos edifícios e das nossas casas, é importante desenvolver um programa de gestão do risco de doença do legionário, começando por identificar áreas ou dispositivos (torneiras, chuveiros, aspersores) do prédio, onde a Legionella pode multiplicar-se e disseminar-se para as pessoas.

(fonte: www.ersar.pt)