No dia 5 de junho comemora-se o Dia Mundial do Ambiente e, este ano, os 50 anos da sua instituição. O tema escolhido para marcar o 50º aniversário do Dia Mundial do Ambiente foi: “Soluções para a poluição plástica”.
Este ano o evento decorre na República da Costa do Marfim em parceria com os Países Baixos, todos os interessados poderão participar, desde governos, empresas e organizações comunitárias. Acompanhado do tema também foi lançado um vídeo de sensibilização sobre a problemática do plástico: #CombataAPoluiçãoPlástica.
O tema “plástico” tem sido muito debatido, como consequência da crescente produção de plásticos das últimas cinco décadas, da generalização do seu uso e da sua rejeição indiscriminada para o ambiente. Como consequência, os plásticos foram-se acumulando nos oceanos, principal local do planeta afetado. Estima-se que todos anos vão parar aos lagos, rios, mares e oceanos cerca de 19 a 23 milhões de toneladas de plástico e que apenas 10% do que é produzido é efetivamente reciclado, o que é claramente insuficiente. A deposição ilícita de plástico nos oceanos e mares afetada também todas as espécies marinhas que lá habitam e, por inerência, toda a cadeia alimentar.
Ao se descobrir o efeito que o plástico estava a ter nos ecossistemas marinhos, em tudo o mundo, tentou-se implementar medidas para redução do consumo de plástico e realizar mais campanhas de sensibilização relativas ao tema.
Na Europa e em concreto em Portugal, nos últimos anos, foram implementadas algumas medidas, sendo de destacar como uma das mais relevantes a taxa sobre os plásticos de utilização única, que recai diretamente sobre o consumidor final. Também as palhinhas de plástico foram substituídas por palhinhas de papel e deixaram de ser comercializadas, obrigando o consumidor a optar por palhinhas de papel ou reutilizáveis (metal ou bambu). Os cotonetes também viram substituído o bastonete de plástico por um de cartão e os talheres e pratos de plástico foram banidos do mercado e substituídos por versões em madeira, cartão e outros materiais alternativos e mais “amigos” do ambiente. Esta imposição gerou uma escalada a nível da investigação de novos materiais alternativos ao plástico.
Outra medida que entrou em vigor no dia 1 de junho de 2023, refere-se ao pagamento de taxas pelo consumidor também para os sacos ultraleves de plástico (ainda utilizados para fruta, legumes, pão), que escaparam à taxação anterior. Provavelmente, estes sacos serão, numa próxima medida, definitivamente retirados das superfícies comerciais, uma vez que era essa a intenção original do legislador.
Nos últimos anos, também houve um grande foco na sensibilização para a redução, reutilização e reciclagem do plástico, de forma a ajudar a combater este problema, que lamentavelmente continua a persistir.
Também a Taviraverde tenta sensibilizar os colaboradores e a população do concelho de Tavira para esta problemática. Uma das campanhas efetuadas pela Taviraverde neste âmbito, tem como mote “Reduzir o plástico começa na torneira”, campanha que incentiva a que todos bebam água da torneira em vez de continuamente adquirir água engarrafada. A opção pela água da torneira promove o conceito da garrafa reutilizável, em detrimento da garrafa de plástico de utilização única, reduzindo-se desta forma o consumo de plástico e a produção de mais resíduos de plástico.
No decorrer desta campanha foram distribuídas garrafas reutilizáveis, quer aos colaboradores da Taviraverde, quer ao público em geral através de Feiras e outros eventos. de forma a promover esta mudança de comportamento.
A redução do consumo de plástico no nosso dia-a-dia é essencial para a sustentabilidade do planeta, utilize os outros R’s da sustentabilidade: Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar, Reparar e Reciclar.