No ano de 2021, atinge-se no concelho de Tavira um valor histórico para a água não faturada, de 14,12%.
Desde 2011 que a Taviraverde é uma entidade de referência a nível nacional, devido à água não faturada se encontrar abaixo dos 20%. A redução deste indicador é o reflexo das medidas implementadas desde que a Taviraverde foi fundada.
A água não faturada engloba maioritariamente as perdas de água reais e, com menos representatividade, as perdas aparentes (associadas a erros de medição de contadores) e os consumos próprios da entidade gestora.
Segundo o Relatório Anual dos Serviços de Água e Resíduos em Portugal (RASARP), no ano de avaliação de 2019, das 256 entidades gestoras, apenas 37 alcançaram valores abaixo dos 20% para água não faturada.
No ano de 2005, mais de metade da água que entrava no sistema de abastecimento do concelho era perdida ou não contabilizada, pelo que um dos principais objetivos da Taviraverde foi (e continua a ser) a redução da água não faturada e, mais importante, a redução das perdas de água reais, de forma a todos os anos se alcançar um valor mais baixo em ambos os indicadores de qualidade de serviço.
Tavira, no Sistema de Avaliação de Qualidade de Serviço da ERSAR, permanece assim com a classificação de Qualidade Boa, quer para o indicador de água não faturada, quer para o indicador de perdas reais de água e, para ambos, melhor que a média nacional.
Segundo o RASARP, o valor médio nacional em 2019 relativo à água não faturada encontra-se nos 28,8% e o relativo às perdas reais de água nos 125l/ramal.dia.
Para alcançar este objetivo, desde a sua criação, a Taviraverde implementou medidas, quer para se medir todos os consumos, quer para identificar e reduzir as perdas de água reais no sistema de abastecimento.
De entre essas medidas destacaram-se a colocação de contadores nos edifícios e nos espaços públicos (incluindo jardins), a substituição de válvulas (pois 40% encontravam-se em mau estado, principalmente nas zonas mais antigas das cidades), a instalação de equipamentos de monitorização e controlo em pontos estratégicos da rede, sectorização da rede em zonas de medição e controlo individualizadas (ZMC) e a atualização do cadastro das redes.
Ainda foi introduzido um sistema de pesquisa ativa de fugas, com equipamentos próprios para deteção de fugas nas condutas e ramais.
Entre 2011 e 2021, a empresa apostou ainda numa maior sectorização das zonas de abastecimento e na instalação de mais macromedidores, de forma a facilitar a pesquisa ativa de fugas. Este procedimento facilita a identificação de fugas e possibilita a reparação da rede em caso de rotura.
A Taviraverde, desde 2005 que se tem distinguido pelo seu trabalho e empenho na redução das perdas reais de água e da água não faturada, objetivo que continuará a prosseguir nos próximos anos.